sexta-feira, 23 de abril de 2010

Diários virtuais voltados a adolescentes com anorexia e bulimia potencializam a doença

Para se enquadrar em um modelo de beleza, meninas cada vez mais novas fazem de tudo para emagrecer. Muitas acabam induzindo o vômito ou simplesmente deixando de comer – sintomas da bulimia e da anorexia. Agora os transtornos alimentares têm mais um aliado: a internet. Um recente estudo realizado por uma pesquisadora do Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra como os diários virtuais (chamados blogs ) estimulam essas doenças e disseminam a idéia de orgulho e adoração entre as pacientes.
Durante seis meses, a psicóloga Ana Helena Rotta Soares analisou 50 blogs brasileiros pró-anorexia ou pró-bulimia, feitos e visitados em sua maioria por meninas entre 14 e 17 anos. A pesquisadora acompanhou nesses diários o comportamento das pacientes de transtornos alimentares.

“Em alguns blogs a anorexia se transforma em uma divindade, uma deusa que dita suas leis com a promessa de um sentido maior para a vida de seus seguidores”, conta a psicóloga. “’Ana’, como as internautas se referem à anorexia, é a divindade principal e a transferência da experiência da doença para algo característico de uma religião pode dar lugar a demonstrações extremas de adesão e fanatismo”, alerta.

Com muitas fotos de modelos famosas, as páginas reúnem meninas que, excluídas na escola e em outros meios sociais, se sentem parte de um grupo. Segundo Rotta Soares, nas páginas existem disputas por popularidade: as competições de calorias. Nelas, há uma monitora e todas as participantes publicam em seus blogs quantas calorias consumiram durante o dia, por períodos que podem ser de uma semana, dez dias ou até mais. “Quem comer menos vence a competição e ganha fama no meio virtual.”

Surgem então as celebridades. “São meninas que já estão em uma fase avançada da doença e servem de exemplo para as outras, dando dicas de onde conseguir remédios sem receita ou como enganar pais e professores”, diz a autora do estudo. Agindo como ‘mentoras’ das mais novas, elas reforçam comportamentos que são, na verdade, sintomas de uma doença que atinge cerca de 1% da população e pode levar à morte. Para a pesquisadora, essas iniciativas – que tratam a doença como um estilo de vida – são como um catalisador para quem já tem tendências à bulimia ou anorexia. “Não acredito que a internet cause essas doenças”, ressalta.

Espanha e América Latina
O estudo foi uma iniciativa da ONG espanhola Protegeles (‘Proteja-os’, em espanhol), que, com o objetivo proteger crianças e adolescentes dos perigos da tecnologia, conduziu um levantamento semelhante em seu país e em parte da América Latina. A ONG brasileira Seu Abrigo, na qual Rotta Soares também trabalha, foi responsável pela pesquisa no Brasil. Na fase inicial do estudo, foram mapeadas 120 comunidades que incentivam transtornos alimentares em uma página de relacionamentos na internet.

Segundo a psicóloga, a diferença entre as manifestações virtuais pró-anorexia e pró-bulimia brasileiras e as espanholas está na forma como o obeso é estigmatizado. “Os blogs brasileiros ofendem e ridicularizam quem é gordo, visto como preguiçoso. Em contrapartida, a anorexia torna-se sinônimo de autocontrole e disciplina.” Já no caso dos blogs europeus, o gordo não é tão humilhado, exposto e estigmatizado.

A pesquisadora explica que as conseqüências desse tipo de manifestação virtual podem ser grandes. Segundo ela, o movimento pró-anorexia retarda a procura por tratamento e divulga informações erradas. “As visitantes dessas páginas aprendem a agir como se o transtorno alimentar não fosse uma doença, e por isso não procuram ajuda, agravando seus quadros e contribuindo para tornar crônicos os transtornos.”

Para ajudar pais e educadores na hora de reconhecer os sintomas da anorexia, as ONGs Protegeles e Seu Abrigo criaram uma página na internet nos mesmos moldes de um blog adolescente. Nela, meninas que sofrem da doença podem se informar sobre os riscos do uso de medicamentos sem prescrição médica e de jejuns prolongados, além de procurar ajuda. Antes, porém, elas precisam reconhecer que estão doentes.


Fernanda Alves
Especial para a CH On-line


http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/psicologia/estimulo-aos-transtornos-alimentares/

Despedida de Iani...

" Existem momentos na vida da gente em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis, e por mais que a gente pense em uma forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente." Sigmund Freud







segunda-feira, 19 de abril de 2010

Delimitando tarefas e estabelecendo compromissos!

Nossa reunião hoje foi curta, apenas para firmar compromissos com quem realmente quer, seguir no projeto de Ta, delimitamos as semanas em que vamos realizar os grupos focais, e estamos aguardando a resposta da nova responsável pelo grupo, se vai ocorrer alguma modificação no andamento do projeto. Estamos esperançosas, torcendo para que tudo dê certo!

segunda-feira, 12 de abril de 2010




A reunião hoje teve um gosto diferente, um gostinho de saudade da nossa mestra, hoje foi a nossa última reunião com ela presente. Ela vai morar em outra cidade e trabalhar em outra universidade, mas vai ficar ligada a nos fazendo parte dos projetos da mesma forma e intensidade. Iani vamos morrer de saudades!Estamos torcendo por você, que tudo dê certo nessa sua nova caminhada, foi maravilhoso todo esse tempo de convivência, aprendemos muito com você... Boa Sorte! Muito Sucesso!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Em Fase Final


O projeto" A dieta nossa de cada dia: crenças de universitárias quanto à adesão e práticas de dietas", está chegando na fase final, estamos tabulando os últimos dados, para enviar para o ALCESTE. Contamos com a compreensão de todas para que tudo fique pronto o mais rápido possível, para que possamos publicar logo nosso projeto! Vamos que vamos meninas! Por que o outro projeto Transtornos Alimentares, Mídia e Família: Percepções de Adolescentes não poderá fica parado. Boa Sorte a TODAS!!