sexta-feira, 18 de junho de 2010

Universitárias brasileiras se acham gordas...

Uma Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP revela que 64% das universitárias entrevistadas queriam ser menores do que são. Quase metade das estudantes com peso absolutamente normal queriam ser, ainda mais magras. Elas estão naquela fase de chamar a atenção pela beleza da juventude. São universitárias, têm o corpo dentro dos padrões saudáveis, mas estão insatisfeitas com o peso atual.
A autora da pesquisa usou uma escala de silhuetas que ajudou a revelar um padrão de beleza distorcido e perigoso. A Escala de Stunkard é composta por nove figuras de mulheres, cada uma com uma silhueta diferente e vai aumentando a partir do numero um. A silhueta mais escolhida como eu estou no momento foi a quatro; a figura mais escolhida como a saudável foi a três; a figura mais escolhida como eu quero ser foi a dois, mesmo sabendo que essa não seria a figura mais saudável, pois é uma figura de uma pessoa desnutrida.










Vinte e seis por cento (26%) das universitárias entrevistadas apresentam comportamento de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia e bulimia.
“Há uma distorção de avaliação da imagem corporal quando se chama uma mulher normal de ‘cheinha’ e uma desnutrida de magra”, avalia Marle Alvarenga, nutricionista.
Se é pra escolher um padrão, as mulheres de hoje deveriam olhar para as mulheres do passado... “Uma série de ícones de beleza do passado como, Marilyn Monroe, Leda Vargas, Marta Rocha estavam dentro dessa faixa. A maior parte das mulheres jovens do Brasil está dentro desta faixa. Quando você tem um peso normal e mesmo assim você fica tentando modificá-lo o tempo todo, a partir de dietas da moda, de recursos inadequados, você coloca o seu corpo em risco até de um excesso peso futuro”, alerta a pesquisadora
A insatisfação corporal das adolescentes é um fator de risco para desenvolvimento de transtornos alimentares estando este associado com os fatores predisponentes, precipitantes e mantenedores. O problema dos transtornos alimentares vem crescendo no Brasil ultimamente, no qual as pessoas insatisfeitas com o peso buscam em dietas inadequadas a solução para perder peso, usando todo tipo de técnica imprópria acarretando risco de vida para as mulheres, as quais deixam de comer certos alimentos, de usar roupas por que não “fica bem”, usam métodos compensatórios quando se alimentam demais, mesmo esse corpo estando nos parâmetros normais, dentro da faixa de IMC entre 18 e 25 que é o normal.


Reportagem de Graziela Azevedo texto adaptado e editado por Carla Fabrícia

link da reportagem: http://g1.globo.com/jornal-hoje/